sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Curiosidades

Incêndio destruiu troféu da conquista do campeonato



O título estadual de 1965 do Inter de Lages pode ser revivido por meio de relatos orais de quem participou do jogo ou o assistiu, pelos amarelados recortes de jornais da época, pelas fotos guardadas pelos entusiastas ou mesmo pelos arquivos da Federação Catarinense de Futebol. Do maior símbolo do título, entretanto, hoje só se ouve falar. O troféu já não existe mais. Em 1989, um incêndio destruiu o almoxarifado do clube. Além do troféu de campeão estadual, as chamas consumiram a Taça Dite Freitas, conquistada pelo colorado lageano em 1985, entre outros troféus que marcaram suas façanhas, como os do Torneio Oeste-Serra. Também faziam parte desse acervo as taças dos então fortes campeonatos municipais, nos quais o Leão da Serra media forças com equipes como Aliados, Olinkraft, Cruzeiro e, mais que todos, o Grêmio Atlético Guarani, seu grande rival histórico. Ambos protagonizavam o clássico local Gua-Nal, também tornado apenas uma lembrança desde que o Guarani foi desativado, no fim dos anos 60. "Foi muito triste assumir o clube e não ver o troféu lá. A tristeza foi grande mesmo", diz o ex-ponta-esquerda Anacleto Oliboni, que presidiu o Internacional entre 1991 - quando o clube voltou à divisão de elite depois de dois anos na segunda divisão - e 1992. Hoje ele está afastado do dia-a-dia do Inter, mas ainda o acompanha como torcedor. A origem do incêndio permanece um mistério. Uma das versões diz que ele ocorreu durante uma tentativa frustrada de assalto ao Vermelhão, local que até este ano funcionava como a sede do Inter. O suposto bandido teria acendido uma vela no local, que caiu e deu origem às chamas. Correu também a suposição de que o fogo foi o desfecho de uma disputa interna entre diretores do clube. Um deles teria causado o incêndio. "O pessoal não queria me contar o que aconteceu. Eu estava no hospital por causa de um enfarte. Achavam que eu poderia ter outro se soubesse do fogo", conta José Altino Branco Mota, uma espécie de faz-tudo do clube, no qual trabalhou por mais de 30 anos - foi pedreiro, cozinheiro e até chefe de delegação. Mota é atualmente diretor de patrimônio do Internacional. Na função, seria o guardião do maior troféu do Inter de Lages se ele ainda existisse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário